Caso Gina Indelicada: 5 Lições Que Devemos Aprender com o Caso

Muitos devem ter visto a explosão do fenômeno que foi o caso da página do Facebook da “Gina Indelicada” e até devem estar se perguntando quem é o autor de tal página. Esta foi uma página criada por um estudante de 19 anos que não quis se identificar que pode ter uma das “carreiras” mais curtas com o sucesso de sua página e, agora, talvez a proibição do uso do nome da marca e posterior fechamento da página.

Mas é exatamente neste tipo de caso que as vezes algumas das melhores chances se apresentam para uma empresa fortalecer ainda mais sua marca e usar o já sucesso agora alcançado a seu favor. Ou dependendo de como agir, contra a sua própria marca.

Este é um assunto que com certeza vai entrar cada vez mais em pauta com empresas tendo que fazer “controle de dano” quando alguma ação de marketing não sai como esperado ou quando, como neste caso, a empresa nem foi responsável pelo início da campanha, mas agora terá que lidar com as consequências – e isto pode ser bom!

Este é um caso quase extremo pois o sucesso foi muito rápido. Para ver isto, basta vermos a quantidade de “Curtires” que a página recebeu em poucos dias. Agora me diz, que empresa não gostaria de tamanho sucesso em tão pouco tempo!?

Gina Indelicada Facebook
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E repare na figura acima como, além do crescimento exponencial, também ao fato de que grande parte do público atingido pela página é o grupo de uma faixa etária de 18-24 anos, ou seja, um grupo que a empresa provavelmente não tem (ou tinha!) muito alcance e uma faixa etária que muitas empresas brigam e se escabelam para tentar alcançar sem sucesso – e tudo isto foi entregue de graça!

Lição #1: em toda mudança há uma oportunidade!

Gina Indelicada: Enxergando oportunidades

Ao visitar o site da empresa, temos acesso há uma empresa fundada em 1945 que não mudou muito de cá para lá. O próprio site demonstra isso ao ter em sua própria homepage um site digamos “não muito moderno”: não há menções de redes sociais nem nada, o site não é muito convidativo a explorar mais sobre empresa, algumas coisas como “valores” e “responsabilidade social” que, apesar de parecerem ótimos numa apresentação Powerpoint, não tem muito a acrescentar.

Não estou falando aqui que o site precisa de uma mudança radical – a marca está há um bom tempo no mercado e num país onde a expectativa de vida das empresas é pequena, talvez tenhamos algo a aprender com a famosa fabricante de palitos – ela usando ou não o fenômeno chamado Gina Indelicada.

Agora – será que não seria este o momento de aproveitar este “cisne negro” (em linhas gerais, um cisne negro é um fato altamente improvável impossível de prever) que apareceu!?

Eu acredito que sim.

Lição #2: ‘Cisnes Negros' irão acontecer – o segredo é estar preparado antes!

Controle de Dano

A primeira coisa a se fazer seria um controle de dano que possa vir a ocorrer a marca. Esta é uma questão muito delicada e seria prudente que a empresa tomasse cuidado para não agir simplesmente acionando o jurídico para fechar a página pelo simples medo do que pode acontecer a marca, até porque isso pode acabar PIORANDO a situação.

Do jeito e com a velocidade que as coisas acontecem hoje, atuar de uma maneira superior e autoritária pode ser muito perigoso simplesmente pelo fato de que estas questões de superioridade e autoridade são hoje temas constantemente em debate por mídias e revistas especializadas que demonstram, com dados e artigos, como a nova geração Millenium está alterando completamente como percebemos e nos relacionamos tanto dentro, como fora do trabalho.

Acredito que ao invés de simplesmente tomar uma ação autoritária e recorrer ao caminho “mais seguro” em que até talvez a empresa já esteja acostumada, talvez aqui se encontra uma oportunidade muito interessante para fazer algo diferente; para inovar e aproveitar esta “marolinha” que está acontecendo.

Por que não de repente reservar uma pequena parcela da verba de marketing justamente para isto e tentar algo novo?

Eu não estou nem dizendo que não deve realmente acionar o departamento jurídico para fechar a página. O que eu quero dizer é que antes de fazer isso, faça com calma: não tome nenhuma decisão precipitadamente pois ela pode transformar uma marolinha em um tsunami – e este pode estar a favor ou contra a marca, dependendo como agirem.

Lição #3: Não ignore oportunidades simplesmente porque não foram planejadas!

Casos de sucesso

Para entendermos melhor, podemos aproveitar alguns casos de sucesso que marcas aproveitaram uma certa “fama” que foi conquistada de maneira parecida (mas não exatamente igual) e analisar o que isto pode nos ensinar. Vamos a alguns exemplos:

  • Pepsi, “Pode ser.”: o caso da Pepsi pode ser um dos mais emblemáticos e mais parecidos com o caso atual. Após muito tempo de luta sendo a marca número 2 na cabeça dos consumidores, a marca finalmente resolveu adotar a sua posição e utilizar isto como estratégia de marketing.

Diversas propagandas e material de marketing foram criados com a premissa da famosa sequência que acontecia com a maioria das pessoas em bares e restaurantes:

“- O que o senhor deseja tomar?
– Uma coca por favor.
– Só tem Pepsi …
– Pode ser.”

Isto é motivo de vergonha para marca!? É motivo para a empresa lutar e lutar contra algo que todos sabíamos, mesmo que inconscientemente!?

Claro que não! E foi exatamente isto que a Pepsi percebeu a usar o slogan “Pode ser” a seu favor. Ao abraçar um conceito e uma ideia que já estava nas ruas, a empresa pode melhor controlar como as pessoas viam sua marca.

Todos nos relacionamos melhor com aqueles que não tem medo de admitir suas falhas e rir com seus próprios defeitos … ou ao menos é o que dizem as mais de 1.245.935 mensagens motivacionais postadas no Facebook dia após dia.

E por que isso tem que se limitar a pessoas somente? Por que não para uma empresa?

O que muitas empresas precisam entender é que pessoas gostam de lidar com pessoas. Elas preferem comprar de pessoas como se fosse uma relação amistosa ou numa conversa fiada num bar. Toda vez que uma EMPRESA é introduzida, o trabalho de marketing deixa de ser tão pessoal e passa a ser mais lógico – o que todo marqueteiro sabe que, em termos de vendas e marketing, não é nada bom, afinal, as pessoas compram baseados em emoções, mas se justificam externamente com lógica.

  • Avis, “Avis is only No. 2 in rent-a-cars. So why go with us? We try harder.”: Avis, uma empresa americana de aluguel de carros, por anos e anos tentou competir com seu principal concorrente, a Hertz, clamando ser a “melhor”, a “marca número 1°” na mente dos consumidores. Todo este esforço não gerou muitos resultados – até que eles resolveram mudar de estratégia!

No momento que a Avis admitiu para si mesma e para o seu público que era sim a marca número 2, ela passou a lucrar – afinal, se todos sabiam que isso era verdade, por que não usar a seu favor!? Tudo isto por causa de uma simples ação que, apesar de simples, pode ser muito complicada em sua execução por envolver muito ego e uma boa dose de humildade – afinal, ninguém gosta de admitir que tirou 2° lugar certo!?

Um exemplo agora um pouco diferente mas que ainda encaixa aqui é o caso de duas empresas de enorme sucesso no ramo aéreo citadas diversas vezes em livros de administração e negócios como os escritos pelo famoso autor Jim Collins.

  • PSA & Southwest Airlines: duas empresas de enorme sucesso em um dos mercados mais difíceis de se atuar no mundo: transporte aéreo. Ambas empresas têm um modo de atuar parecido principalmente pelo fato de que a Southwest Airlines copiou a PSA fazendo até seus executivos fazerem visitas a PSA para entender como funcionava a estratégia.

pilotos southwestDe pequenas pegadinhas como um senhor de bastante idade vestido de piloto se dirigindo para o avião onde alguns passageiros, ainda não acostumados com o tom irreverente da empresa, olhavam com cara de espanto até premiações absurdas como uma vaca para o milionésimo passageiro da empresa, ambas empresas adotavam um tom extrovertido onde enviavam uma clara mensagem de que eles eram alguém que todos poderiam se relacionar. Que eles levavam todo o trabalho a sério ao mesmo tempo que alegravam seus passageiros

Esta atitude era boa tanto para seus passageiros, que se divertiam com as piadas e outras pegadinhas praticadas pela empresa, como para a empresa em si onde seus funcionários se divertiam e riam mais, trabalho melhor e com mais vontade.

Estes são apenas alguns dos casos que me veio a mente neste momento ao analisar o caso da Gina Indelicada, mas acredito que eles já servem para provar que, independente do mercado que se atua, há sim espaço para uma empresa adotar uma nova postura perante o seu público.

Lição #4: Pessoas gostam de lidar (e comprar) com pessoas!

Quando as coisas dão errado …

Agora, as vezes as coisas podem sim dar errado e aí que precisamos ter cuidado. Há, por exemplo, um caso nos Estados Unidos onde o McDonald resolveu começar uma campanha com uma hashtag #McDStories.

A ideia era boa: utilizar e criar uma hashtag para que as pessoas compartilhassem ideias e histórias que possam ter ocorridas no próprio McDonald – mas infelizmente não saiu como a empresa gostaria.

As pessoas começaram a usar a hashtag #McDStories para contar histórias absurdas e fazer piadas sobre a limpeza, comida e outras coisas que encontramos no McDonald Não estou aqui para discutir se é verdade ou não – a mensagem que quero passar aqui, e que tanto eu como todas empresas precisam entender, é que marketing é uma questão de percepção, não de produtos.

desenhos da vinci
A obra-prima de Leonardo Da Vinci!

Ou você acha que os deliciosos hambúrgueres do McDonald são os melhores do mundo!?!?

Eu tenho certeza que não.

Outro caso que ficou famoso foi a de fabricante de câmeras Nikon que fizeram uma publicação em sua página do Facebook comentando como “um fotógrafo só é tão bom quanto o seu equipamento” o que, obviamente, tanto a Nikon como todo e qualquer fotógrafo sabe que é uma inverdade completa! É como dar um lápis sem ponta para qualquer um dos mestres como Leonardo Da Vinci: você acha que teria alguma chance de sair um mal resultado das mãos dele!?

Lição #5: Marketing é uma questão de percepção, e não de produtos!

O que fazer então

Como falei, não quero dizer aqui simplesmente “Não jogue fora esta oportunidade de ouro!!! Aproveite o momento e se estabeleça como a empresa com melhor e maior participação em mídias sociais do Brasil!!”, porque isso seria simplesmente inocente de minha parte: há de haver todo um trabalho e estudo por trás para saber se qualquer ação realmente se encaixa com os planos da empresa. Talvez realmente seja a decisão certa acionar o jurídico e acabar com isso – mas e se não for?

Mas a mensagem que eu quero passar para o Luiz Carlos Rela, os funcionários da Gina e outras empresas que podem vir a passar pelo mesmo tipo de situação é:

Analise com cuidado a situação antes de tomar cada decisão pois com a velocidade que as mídias sociais e a internet fazem circular notícias, esta pequena marolinha pode virar um tsunami – e esta na mão de vocês decidir para que lado ela vai apontar!

Como conclusão, como alerta fica o fato que, novamente, marqueteiros de plantão irão reconhecer, não tem nada que o povo goste mais do que uma boa história de “Davi contra Golias” – e neste caso, vocês são o Golias.

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